Who am I? (I'am a ''Mulher Abstrata'' )

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(Angela Bretas) ---- Sou quem sou, simplesmente mulher, não fujo, nem nego, Corro risco, atropelo perigo, avanço o sinal, ignoro avisos, Procuro viver, sem medo, sem pudor, com calor, aconchego, Supro carências, rego desejos, desabrocho em risos... Matéria cobiçada... na tez macia, no calor ardente. Alma pura, envolta na completa fissura. Sem frescuras! Encontro prazer na forma completa, repleta, latente... Meretriz sem pudor, mulher no ponto... uva madura! Sou quadro abstrato, me entrego no ato à paixão que aflora. Sou enigma permanente, sem ponto final, sem continências, Sou mulher tão somente, vivendo o momento, sorvendo as horas. Sou pétala recolhida, sem forma, sem cor, completa em essência. Exalo a esperança, transpiro vontades. Não me tenhas senhora. Sou mulher insolúvel, nada volúvel. Vivo a vida em reticências... ------------------- Copyright by @Angela Bretas - Publicada na antologia BRAVA GENTE BRASILEIRA EM TERRAS ESTRANGEIRAS - VOLUME I

This is me...!

This is me...!
I had to place a picture here, so curiosity won´t kill you all... this is me, plain and simple.

Thursday, January 20, 2011

POEM -

Luzia Luz do Dia....
(by Angela Bretas)

Trinta e três anos de idade
à toa, incoerente, indecisa,
com sonhos de ser poeta
rabisca traços tortos- em forma de poesia -
procura descobrir prazer
em versos, rimas, contos,
que nada lhe rendiam
- sermão que lhe pregavam -
esquecia-os na gaveta
e trancavasua vida...

Do lado direito da cama,
sonolenta, carente, sozinha,
desperta tateando sonhos
na busca de encontrar
um caderno,um lápis,- sem ponta!
-mera procura sem retorno,
entrega-se ao abandono,
na alvorada que desperta
- se perde -no chuveiro...
Encostada na parede,
entre o vapor que inebria,
acaricia-se
assanhada como uma gata- no cio -
cai de quatro em si...

Luzia, aos trinta e três,
fêmea perdida,
com o corpo revigorado,c
uida agora d'alma,
doa-se ao caderno,
a insensatez,
esquece a solidão,
lambuza-se com seus
versos indecentes- incoerentes talvez?
-não mais escuta a voz da razão-
ri de si mesma -
no raiar de mais um dia,
da nova vida
descoberta...

Vez em quando
a caneta tropeça,
o lápis- sem ponta -descartado,
tal qual o amado,
que sem inspiração dorme,
enquanto Luzia com as pontasdos dedos,
descobreum mundo- de prazer -dobrado...

Luzia,agora recuperada,
não teme mais o papel,
entrega-se a ele,
a si,
e se deixa levar,
expõe seus devaneios,
suas taras,
sua vida,
sem utopiasf
ortalece renovada,
e sabe,que ainda é cedo...

É tarde demais
para negar
o prazer,
a loucura do abandono,
a saciez de uma entrega completa-
solitária talvez -
visivelmente esquecida,
no passado que mofou
entre preconceitos
soterrados...

Raios de luz!
Luzia, trinta e tantos anos de idade,
apaga memórias indesejáveis,
varre medos,
angústias
inércias,
sem sombra de remorsos,
sem recatos disfarçados- toca o colo -
reverência o novo dia...

Luzia,trinta e tantos anos vividos,
apelidada '' luz do dia''por ofuscar o brilho do sol
com seu sorriso de alegria,
não sabe viver na escuridão,prova,
- de papel passado -
que jamais será tarde
para acordar mulher,
poeta...

todos os direitos reservados - by Angela Bretas 29.07.2002 - Publicado na antologia Licenca da Palavra/Scorttecci - Brasil

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